quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sumo Sacerdote Setepenre, novela "Os Dez Mandamentos", Rede Record - 2015


Com Zípora - Gisele Itié

Com Moisés - Guilherme Winter

Com Nerfertari - Camila Rodrigues

Com Simut - Renato Livera e Ikeni - Vitor Pecoraro


Com Ramsés - Sérgio Marone

Com Cassio, Oristânio e Carlos Viegas


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dublagem no Brasil

Quando surgiu a dublagem no Brasil e no mundo?






A dublagem nasceu no rastro do cinema sonoro. Os filmes eram mudos até 1927, quando chegou às telas O Cantor de Jazz. A começar dessa produção, o público pôde finalmente ouvir os atores. Com a euforia produzida pelo cinema sonoro, surgiu um problema: como as platéias que não falavam inglês iam assistir aos lançamentos de Hollywood? Para contornar essa situação, grandes estúdios como a MGM e a Paramount chegaram a filmar em Paris versões francesas de longas-metragens americanos. Claro que esses filmes em duas versões eram muito caros - e ainda assim não atingiam o público dos tempos do cinema mudo. A solução apareceu em 1930, quando os diretores Edwin Hopkins e Jacob Karol lançaram The Flyer, o primeiro filme a utilizar um sistema de sonorização que permitia substituir as vozes originais por outras gravadas em estúdio. Países europeus pegaram carona nessa invenção e soltaram os primeiros filmes dublados ainda no começo dos anos 30. No Brasil, onde os longas estrangeiros passavam com legendas, a novidade da dublagem chegou no fim da década - o grande marco foi a estréia do desenho animado Branca de Neve e os Sete Anões, de Walt Disney, lançado em 1937 e dublado no ano seguinte. Naqueles primórdios, os atores tinham de gravar todos juntos no estúdio, olhando para a tela sem a ajuda do som. "Os filmes levavam de três a quatro vezes mais tempo para serem dublados do que atualmente", afirma o lendário produtor e diretor Herbert Richers, fundador de um dos estúdios pioneiros no país. Hoje, os dubladores gravam suas falas sozinhos, com a ajuda de um fone de ouvido onde rola o texto original. E, no fim das contas, um filme demora em média de 25 a 30 horas para ganhar sua famosa "versão brasileira".



Versão brasileira...

Invenção da década de 30 permitiu que os filmes tivessem falas em outros idiomas, inclusive o português

1930



Usando um sistema de gravação que permitia substituir as vozes dos atores por outras gravadas em estúdio, os diretores Jacob Karol e Edwin Hopkins lançam o filme The Flyer. A nova técnica abriu as portas para a dublagem, desenvolvida nos anos seguintes em países como Alemanha, Espanha, França e Itália



1938



Estréia no Brasil o longa-metragem Branca de Neve e os Sete Anões, um dos primeiros a ganhar versão brasileira. A dublagem teve as canções adaptadas para o português pelo compositor João de Barro, o Braguinha. A voz de Branca de Neve ficou a cargo de Dalva de Oliveira, a "rainha do rádio"



1946



Herbert Richers cria um dos primeiros estúdios de dublagem 100% nacional. Em 1958, nasce a Grava-Son, empresa criada para fazer as versões nacionais das séries da Columbia Pictures. Na telinha, o primeiro programa exibido em português foi a série americana Ford na TV, ainda em 1958



1962



Um decreto do presidente Jânio Quadros determina que todos os filmes transmitidos pela TV deveriam ser dublados. A medida impulsionou o surgimento de estúdios como o AIC (atual BKS), que dublou séries clássicas como Os Flintstones, Perdidos no Espaço e Viagem ao Fundo do Mar



1992



O ator Robin Williams faz a voz do gênio da lâmpada no desenho Aladdin. Desde então, os astros de Hollywood invadiram a dublagem das superproduções animadas. O exemplo mais impressionante é Formiguinhaz, de 1994, que contou com as vozes de Woody Allen, Sharon Stone, Sylvester Stallone, Danny Glover, Dan Aykroyd e Anne Bancroft



*****Fonte: Mundo Estranho

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Rio 2016


Quarta, 7 de outubro de 2009,
De Brasília (DF)





A escolha do Rio de Janeiro para ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é uma grande conquista e uma excelente oportunidade para a cidade e para o país. Apesar de algumas vozes dissonantes, tínhamos uma grande torcida. E o resultado veio em clima de final de Copa do Mundo.



Foi um grande feito, mesmo dando o devido desconto ao fato de que o Comitê Olímpico Internacional seguiu uma lógica política, ao promover a primeira Olimpíada na América do Sul.



A luta agora, na qual os governantes do Rio e o governo federal têm que demonstrar idêntica competência, é a da gestão da vitória, para que ela se materialize como um paradigma de bom uso dos recursos públicos, de capacidade de planejamento estratégico, com um olho no brilho olímpico e outro na chance histórica que tem a cidade do Rio de Janeiro de virar o jogo e se reinventar.



Muitas pessoas estão com o pé atrás, dada a experiência recente da realização dos Jogos Pan-americanos, do qual se esperava bem mais em termos de internalização de benefícios, tendo em vista o que se gastou.



Agora, já se fala em cerca de R$ 30 bilhões de investimentos para a Olimpíada. Não adianta desqualificar ou estigmatizar a desconfiança de parte da população, porque ela está escaldada e tem fundados motivos para o descrédito. Mas não se pode também jogar água fria na justa alegria carioca e brasileira.



A questão não é só preparar o Rio para receber milhares de visitantes e atletas, como se fosse um cenário que, acabada a festa, simplesmente é desmontado. Tem que ser, no seu conjunto, uma cidade diferente. E, para isso, o grande desafio está na atitude, tanto da sociedade quanto das autoridades.



É preciso exigir, desde o começo, transparência e circulação ampla e irrestrita de informações sobre os gastos e sobre a intervenção urbana planejada, nos seus vários aspectos.



E já surgem iniciativas nesse sentido no Twitter, por exemplo. Foi criado, por pessoas que torcem pela cidade e estão dispostas a acompanhar o cumprimento das promessas, o perfil fiscalizaRJ2016.



De edições anteriores, há bons exemplos a seguir. A Olimpíada de Barcelona, em 1992, foi um marco na vida daquela cidade, com resultados duradouros e extremamente positivos. Além de ter sido rentável, ao contrário de várias outras.



A Olimpíada de 2000, em Sydney, na Austrália, foi outro exemplo bonito. Foi a primeira a incluir medidas de redução de impacto ao meio ambiente como item indispensável na realização do evento. Um planejamento feito em conjunto com entidades e organizações ambientalistas.



Aqueles jogos se destacaram por levar em conta a economia de energia e de água e a redução de lixo e de emissões de gases poluentes. Os placares eletrônicos e os refletores que iluminavam a noite australiana, por exemplo, eram movidos a energia solar.



Também podemos inovar, criando soluções tecnológicas para tornar os jogos do Rio de Janeiro ainda mais verdes e educativos, criando um mercado de trabalho e uma economia com um pé num futuro mais sustentável.



A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 podem ser não apenas marcos esportivos, mas servir de impulso ao desenvolvimento de uma nova consciência urbana, capaz de valorizar a qualidade de vida dos moradores das grandes cidades brasileiras.



O povo do Rio de Janeiro e o Brasil merecem mais. Merecem que o interesse público esteja acima de qualquer outro. Esse é o pódio que devemos buscar até 2016.









Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente